Inúmeros
irmãos me escrevem sobre a falta que está sentido da igreja reunida no templo
para o louvor e adoração e escuta da Palavra.
Recentemente
gravei um vídeo do templo vazio e alguém me escreveu: “Pastor, que tristeza ver
esses bancos vazios”. Respondi que em breve estaríamos juntos como comunidade, essa é a nossa expectativa.
Mas
esse momento também provoca reflexão.
Estou
colhendo testemunhos de pessoas que só agora se deram conta da falta que a comunidade
está fazendo na sua vida, mesmo reconhecendo que não é tão assíduo na
comunidade e que não participa com certa frequência de encontros com os demais
irmãos. Essas pessoas estão revendo seus caminhos.
Mas
agora bateu a saudade...
Saudade
daquela conversa antes de iniciar os cultos. Aquele momento de bater um papo
sobre a semana. E claro, a brincadeira sobre o time do coração, tão presente
nas rodas de conversa entre os homens.
Saudade
do abraço. Sim, o abraço que faz toda a diferença na semana. Aquele carinhoso e
confortante abraço que apenas com esse gesto diz sem dizer: “Como é bom vê-lo/a
novamente aqui”.
E
a saudade do culto. Essa saudade é que mais aperta o coração. É o momento ímpar
de congregar que muitos valorizam como uma atividade imprescindível durante a sua
semana. É o momento de congregar como corpo de Cristo e presenciar a ação do
Espírito Santo falando à comunidade de fé.
Com a saudade batendo, só se espera estar juntos novamente. E não importa se está frio ou calor, isso não vem ao caso. Não importa se é o pastor ou outro irmão que irá trazer o sermão, o que importa é ouvir.
Não importa se está só o violão, ou a banda completa, o que se quer é louvar juntos ao Senhor.
É nesse tempo também que algumas pessoas se pegam pensando: “Quantas vezes tive
a oportunidade de estar com os irmãos, mas preferi ficar no sofá de casa vendo minha televisão”. Porque agora o que importa mesmo é a saudade de querer estar, porque sabe que não
pode estar.
Por
saber que a igreja são as pessoas e não o templo, é que sentimos saudade.
Em meio a saudade, nasce a esperança de que logo essa saudade será compensada com a
comunidade reunida novamente. Afinal de contas, como bem disse um poeta, “a
saudade é o bolso onde a alma guarda aquilo que ela provou e aprovou. Aprovadas
foram as experiências que deram alegria”. E como na comunidade que sou pastor
há alegria e comunhão, é mais que natural as ovelhas/amigos sentirem saudade.
Eu já estou com muita saudade, por isso digo: não vejo a hora de estar com os meus irmãos.
2 comentários:
Excelente! E que saudade estou de estar junto com os meus irmãos da PIB de Jacupiranga, de abraçá-los, de juntos adorarmos a Deus. Meu coração também está pleno de esperança de que logo, logo vamos poder suprir está saudade.
Faço minhas as suas palavras, amado Alonso. A caminhada com Cristo é maravilhosa pelo próprio Cristo em si. Ele basta. Porém, em sua graça, o Senhor nos permite compartilhar essa caminhada com outras pessoas que partilham da mesma fé as quais temos o privilégio de chamarmos de irmãos. Também estou ansioso para rever os meus companheiros de caminhada.
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