7.4.20

BATEU A SAUDADE DA COMUNIDADE DE FÉ

E aqui estamos, surpreendidos por um vírus altamente contagioso e agressivo que segue nos impedindo de abraçar quem amamos e de estar perto de quem partilhamos a fé em comunidade.

Pois é, agora a comunhão na comunidade de fé está fazendo uma falta danada.

Inúmeros irmãos me escrevem sobre a falta que está sentido da igreja reunida no templo para o louvor e adoração e escuta da Palavra.

Recentemente gravei um vídeo do templo vazio e alguém me escreveu: “Pastor, que tristeza ver esses bancos vazios”. Respondi que em breve estaríamos juntos como comunidade, essa é a nossa expectativa.

Mas esse momento também provoca reflexão.

Estou colhendo testemunhos de pessoas que só agora se deram conta da falta que a comunidade está fazendo na sua vida, mesmo reconhecendo que não é tão assíduo na comunidade e que não participa com certa frequência de encontros com os demais irmãos. Essas pessoas estão revendo seus caminhos.

Mas agora bateu a saudade...

Saudade daquela conversa antes de iniciar os cultos. Aquele momento de bater um papo sobre a semana. E claro, a brincadeira sobre o time do coração, tão presente nas rodas de conversa entre os homens.

Saudade do abraço. Sim, o abraço que faz toda a diferença na semana. Aquele carinhoso e confortante abraço que apenas com esse gesto diz sem dizer: “Como é bom vê-lo/a novamente aqui”.

E a saudade do culto. Essa saudade é que mais aperta o coração. É o momento ímpar de congregar que muitos valorizam como uma atividade imprescindível durante a sua semana. É o momento de congregar como corpo de Cristo e presenciar a ação do Espírito Santo falando à comunidade de fé.

Com a saudade batendo, só se espera estar juntos novamente. E não importa se está frio ou calor, isso não vem ao caso. Não importa se é o pastor ou outro irmão que irá trazer o sermão, o que importa é ouvir. Não importa se está só o violão, ou a banda completa, o que se quer é louvar juntos ao Senhor.

É nesse tempo também que algumas pessoas se pegam pensando: “Quantas vezes tive a oportunidade de estar com os irmãos, mas preferi ficar no sofá de casa vendo minha televisão”. Porque agora o que importa mesmo é a saudade de querer estar, porque sabe que não pode estar.

Por saber que a igreja são as pessoas e não o templo, é que sentimos saudade.
  
Em meio a saudade, nasce a esperança de que logo essa saudade será compensada com a comunidade reunida novamente. Afinal de contas, como bem disse um poeta, “a saudade é o bolso onde a alma guarda aquilo que ela provou e aprovou. Aprovadas foram as experiências que deram alegria”. E como na comunidade que sou pastor há alegria e comunhão, é mais que natural as ovelhas/amigos sentirem saudade. Eu já estou com muita saudade, por isso digo: não vejo a hora de estar com os meus irmãos.

2 comentários:

rubemlota@hotmail.com disse...

Excelente! E que saudade estou de estar junto com os meus irmãos da PIB de Jacupiranga, de abraçá-los, de juntos adorarmos a Deus. Meu coração também está pleno de esperança de que logo, logo vamos poder suprir está saudade.

Joel Jr. disse...

Faço minhas as suas palavras, amado Alonso. A caminhada com Cristo é maravilhosa pelo próprio Cristo em si. Ele basta. Porém, em sua graça, o Senhor nos permite compartilhar essa caminhada com outras pessoas que partilham da mesma fé as quais temos o privilégio de chamarmos de irmãos. Também estou ansioso para rever os meus companheiros de caminhada.