23.12.08

ANO NOVO, VIDA NOVA? - MAIS PRA BELCHIOR, QUE PRA CAZUZA

Pr. Natanael Gabriel da Silva
Pastor da Igreja Batista Central em Sorocaba

Tenho aprendido que a vida nova não vem com o tempo, não tem data marcada e não pode ser prevista em calendário, apesar do nosso desejo. O tempo são os trilhos, não os vagões. Desliza-se por eles, mas estes não têm a capacidade de mudar qualquer coisa. É a gente que se muda com o tempo, e não o tempo que muda a gente, ou como diria Einstein, não é o tempo que passa pela gente, mas nós é que passamos pelo tempo. Pode parecer meio confuso, mas a força da vida não está no tempo, mas nas pessoas. O movimento está nas pessoas e não no tempo. Quando então se diz que o tempo dará jeito nisso ou naquilo, é apenas uma metáfora. O tempo não resolve nada, mas é como se a gente quisesse dizer: hoje a minha imaturidade, frente a isso, me impede de tentar resolver tal problema, preciso aprender outras coisas, ter uma consciência mais adequada do significado da vida, para que a minha visão sobre tal coisa seja diferente, e possa vislumbrar novas possibilidades. O ano novo não traz vida nova. Seria mais fácil se fosse assim.

Creio que isso também faz parte da nossa condição passiva em querer entender que as coisas sempre serão mudadas por um artifício. Quero explicar melhor isso. Condição passiva é a nossa espera para que alguém faça alguma coisa que mude toda e qualquer situação desfavorável. Trata-se da loteria, do emprego que "cai do céu", ou qualquer coisa que possa mudar o rumo de tudo sem qualquer esforço. Já soube de alguém que desejou a morte da esposa (o contrário, também é verdadeiro), pela conveniência e facilidade diante de um processo de separação, sem esforço, mudança ou qualquer aborrecimento. Sem divisão de bens, e o que é melhor, com toda a liberdade e ausência de culpa que se poderia imaginar.

A ausência de esforço passa também pelo discurso neopentecostal, quando se diz que o mal que uma pessoa tem pode imediatamente, mas imediatamente mesmo, ser resolvido e exorcizado de uma pessoa. Nesse discurso, todos são irremediavelmente bons e que qualquer maldade que alguém faça se refere sempre a uma força exterior incontrolável, e que está presente nele, contra a vontade e recebe o nome genérico de demônio. É o poder irresistível, princípio básico do Direito, como algo que alguém faz, mas que era inevitável, demonstrando que o réu não deve ser punido, porque evitar estaria completamente fora das suas possibilidades. É uma forma de fuga, uma maneira de se esperar e aguardar que alguma coisa mude, sem que se faça qualquer esforço para a mudança.

Cazuza estava certo disso quando disse que o tempo não pára. Fez uma música com muita raiva da vida, ameaçando você, e eu, com o mesmo destino e torcendo para que isso acontecesse. Torcia pelo mal inevitável, pois se o tempo não pára, e você não tem como parar o tempo, então é só aguardar que vai chegar a sua vez de sofrer, e sofrer muito! Cazuza sofria do cúmulo da passividade, da impotência e do medo de provocar a mudança necessária. Sentia pena de si mesmo, como uma vítima da vida, mas não desejava mudar nada. Mudar dói, mas aguardar o tempo é pior, porque há a possibilidade de se morrer à espera de um trem, numa estação onde não existem trilhos. Só que esse tipo de morte não dá pra perceber, pois a esperança faz o foco se dispersar, e a pessoa fica esperando enquanto morre, e morre enquanto espera. Está na estação errada, mas a esperança não o permite ver isso. O tempo anestesiou, apenas isso, e não mais que isso. Na frase, John, o tempo andou mexendo com a gente, num comentário a respeito da morte de John Lennon, numa das músicas de Belchior, há uma metáfora de retorno ao velho oeste. Lennon, para Belchior, é o símbolo de tudo o que poderia ser de mais positivo na luta pela vida, em favor da paz em tempo de guerra e acabou, ironicamente, vitimado por uma morte como no tempo das diligências. Depois de tudo o que se pregou e se buscou na temática da paz, voltamos ao tempo das mortes primitivas nos duelos em Laredo ou Kansas City. Belchior diz que a felicidade é uma arma quente, diz e canta em ritmo lembrando o velho oeste, como se estivesse num saloon. É como se, para ele, o tempo tivesse parado: ainda somos tão primitivos quanto os colonizadores da América do Norte e fazemos as mesmas barbáries como no tempo das tribos. O tempo parou, porque o ser humano é o mesmo, e com todo o nosso esforço ainda somos primitivamente iguais: resolvemos as coisas com a lei do menor esforço, à bala.

Desculpe, Cazuza, mas o tempo pára. As decisões são fotografias da vida. Congelam o momento, quando nunca mais poderá ser mudado. Torna-se monolítico, enrijecido e inalterável. A existência não é a condução automática para o futuro, como se pudesse embarcar no rabo de um cometa e ficar sonhando com a vida nas estrelas, ou tentando encontrar o planeta onde, por acaso, se possa viver a vida perfeita, como se tudo fosse um movimento do tempo. Não somos pequenos príncipes viajando pelo rumo que o destino nos leva. Ao contrário disso, também não quer dizer que haja um fatalismo tipo programado da vida como se fosse possível calcular exatamente como isso se dará. Na vida a gente programa uma coisa, e muitas vezes, ou quase sempre, chega-se num ponto bem abaixo da margem, por conta da correnteza. Eu sei que você precisa crer no ano novo, porque é uma oportunidade de se voltar à estaca zero. É uma espécie de ciclo do sagrado, você retorna para o lugar onde tudo começou e tem a oportunidade de escrever tudo de forma bastante diferente. Você e eu precisamos disso. Uma nova oportunidade, sempre é bem vinda. Todavia, há uma necessidade de participação mínima, em que você de forma consciente de deliberada, provoca aquelas mudanças que são essenciais para que a história seja outra. Caso contrário, viveremos um eterno velho oeste, ou numa tribo para ser mais brasileiro: mudam-se as roupas, a fala e o conforto, mas no demais tudo continua como dantes, na terra de Abrantes. Não adianta ficar torcendo para que o tempo também atropele o outro, para que ele seja tão infeliz quanto você. Não se trata de uma condição egoísta, mas apenas movimento. Interfira positivamente na sua vida, e tome as decisões que você já sabe que devem ser tomadas. Como não poderia ser diferente, feliz ano novo!

12.12.08

A BÍBLIA NA VIDA E A VIDA NA BÍBLIA

Não adianta, o texto bíblico terá sempre sua centralidade no protestantismo. Enquanto os católicos têm sua autoridade na Tradição, na infalibilidade do Papa e no Magistério, o protestantismo se constrói no texto. O que restou foi o texto e sem o texto não têm protestantismo. Com isso a infinita discussão sobre a validade, a dimensão e o significado do texto para a Igreja.

Com a Reforma Protestante e sua centralização no texto bíblico, os teólogos se voltam para a Bíblia – o que é isto? É revelação de Deus? É Palavra de Deus? Em que sentido? Como interpretá-la? Como aplicá-la? As teorias surgem, as idéias borbulham em cima do texto.

Não quero aqui entrar em pormenores se a Bíblia é, contém ou torna-se Palavra de Deus. Quero ir por outro caminho e torcer para que você me compreenda. São esboços de algumas leituras que eu as chamo aqui de hermenêutica da vida, ou seja, alguns teólogos/teologias que procuraram fazer uma leitura da Bíblia a partir da perspectiva da vida, procurando no texto aquela cola que grude gente-texto, passado-presente.

Começo com Karl Barth. Quando assumiu o pastorado em 1911, Barth teve uma experiência marcante: o conflito entre a academia e o trabalho pastoral. Percebeu que havia discrepâncias entre os estudos teológicos e a real necessidade do povo que precisava ouvir a Palavra de Deus. Barth entende que a revelação se dá em três vertentes: Cristo, como automanifestação de Deus (sem o texto), o texto como registro desta revelação e a pregação que atualiza a revelação. A Bíblia em suas mãos se torna um instrumento no qual a Igreja recorda a revelação de Deus, e a pregação como atualização da revelação. Seus sermões tinham objetivos muito claros, dar ao seu povo a condição de refrigério, serenidade, coragem, descanso e fé num Deus amoroso, sempre se apercebendo do contexto imediato. Suas reflexões passavam pela epístola de Romanos procurando sempre uma abertura para os problemas do homem.

Rudolf Bultmann deixa sua contribuição com a sua demitologização. É uma maneira de ver Deus no texto bíblico, mas não ficar espantado com o vocabulário mitológico e pré-científico. Como alguém que bebe na filosofia existencialista, Bultmann compreende o texto como um encontro existencial texto-eu. O texto, fundamentalmente, é algo pessoal. A mensagem provoca, interpela e instiga a existência a fazer uma decisão por Cristo. Com Bultmann, e sua hermenêutica da vida, a realização do ser só é possível através do encontro com a Palavra. A inquietude humana só poderá ser sarada com este encontro.

Dentro da perspectiva latino-americana, a Bíblia é um poço de onde se tira água fresca e saudável; é uma fonte que não secou e nunca irá secar. Ela continua sendo atual para as situações históricas da América Latina quando relata a opressão do pobre, o suborno nos julgamentos, a violação dos direitos humanos, a banalidade da vida. A hermenêutica se dá em uma profunda dialética entre Palavra de Deus e contexto histórico e o fator determinante dessa hermenêutica é Jesus Cristo e sua prática libertadora que desconcertava os fariseus e escribas. A Bíblia ganha concretude quando solidifica no meio do povo a solidariedade, o amor ao outro, o perdão, a partilha, a vida.

Em nossos cultos o texto tem peso. O momento do sermão é o ápice do culto; as orações ao decorrer do culto são, inevitavelmente, dirigidas ao pregador para que ele fale o que vem “de Deus” e não dele mesmo. Parece que o pregador quando sobe ao púlpito e abre a Bíblia ele é tomado naquele momento pelo Espírito Santo e a partir disso ele fala “as palavras de Deus”. É em cima desse pressuposto que muitos subjugam igrejas usando seus sermões para legitimar certas posturas autoritárias.

Nesta relação culto-texto, os sermões devem ter na sua maioria a temática do pecado e a salvação do pecador, daí a expressão “culto evangelístico”. A conversão é o termômetro do fracasso ou sucesso do pregador com o seu sermão.

Mensagens autoritárias e esmagadoras não levam o povo a pensar em suas vidas e a ver o texto como fonte de espiritualidade a partir da identificação com situações bíblicas. Essa postura maniqueísta de usar o texto para proibir ou liberar não contribui em nada com a formação da vida cristã. O comportamento como evidência da salvação e a leitura bíblica como penitência não irão possibilitar uma hermenêutica para a vida. O texto continuará sendo um amuleto obsoleto de sorte e proteção residencial.

Não somente os cristãos querem respostas para os problemas da vida. As pessoas querem entender o que está acontecendo com este mundo que vê a violência como algo normal; querem refletir sobre o sofrimento humano; querem entender o que Deus tem a haver com suas vidas.

É urgente o resgatar a Bíblia na vida das pessoas e procurar mostrar que a vida delas também esta na Bíblia, basta querer fazer uma hermenêutica que contemple a vida.

6.12.08

O QUE NÃO SE APRENDE NA ESCOLA

Uma homenagem aos formandos do 3º Ano/2008 da
Escola Estadual Nascimento Sátiro da Silva – Iporanga/SP

Eles estão felizes. Em fim saíram da escola. A frase mais ouvida é: “não via a hora de deixar esta escola; até que fim acabou”. Devem estar contente mesmo, quase doze anos estudando em uma instituição que tem a função de democratizar o ensino e a cultura adquirida pela humanidade ao longo dos anos. Eles não agüentavam mais mesmo!

Fica uma pergunta: o que de fato aprenderam na escola? As fórmulas, a língua, a história, a pensar? Eles viram todas as disciplinas possíveis para se tornarem o que a sociedade vigente deseja – cidadãos preparados para o mercado de trabalho. Foi o tempo, e muito tempo mesmo, em que o ensino era a lição de vida e as experiências adquiridas pela família. A escola não existiu sempre. Vale lembrar que antigamente o meio social em que a pessoa estava inserida era o contexto educativo. Foi a partir da Idade Média que a educação tornou-se produto da escola. É aqui que surgem as pessoas especializadas para transmitir o saber em espaços definidos e específicos. Com a industrialização, a educação ganhou outro status: preparar o indivíduo para o trabalho. É este modelo que temos até hoje. Exigem-se cada vez mais pessoas com mão-de-obra especializada. A técnica alienou o processo educativo, estipulando um único fim: o sucesso financeiro. Para isso o aluno é enclausurado em um prédio com o pretexto de prepará-lo para a vida pública, e quanto mais ele se destacar neste casulo mais tem sucesso lá fora. É por isso que a teoria pedagógica acentua que o aproveitamento do aluno é definido pelas notas, sendo estas o resultado do esforço ou o fracasso dele, e no caso de fracasso o sucesso na sociedade está comprometido.

A escola ficou com a responsabilidade que muitos educadores não gostariam de ter: educar os filhos dos outros para a vida. Antes os papéis eram mais definidos – a escola preparava o indivíduo para a vida pública e a família ficava com a formação moral da criança. Isso não é mais possível. Hoje a escola ocupa os espaços e as lacunas deixadas pela família. Daí a sua influência na formação profissional, na orientação sexual, nos valores para a vida, nos ideais de cidadania. O agravante é que a escola ainda custa a acreditar que ela, querendo ou não, esta com a responsabilidade de vincular todos esses temas. Mas isto não consta no currículo escolar. As disciplinas devem ser propedêuticas, alegam. Afinal de contas o que interessa mesmo são os números, e por isso o pragmatismo metódico e os prazos para cumprir propostas e alcançar metas, pois o produto final são as planilhas e as tabelas de aprovação, e neste emaranhado de burocracia inútil o aluno é apenas mais um número no sistema.

O que não se aprende na escola? Não existe uma disciplina que ensine ao aluno a ter consciência política de que o poder público não esta acima dele, mas abaixo, como quem ganha para servir; não se aprende que o indivíduo é responsável pelo outro, mas exagera-se na idéia de que o outro deve ser eliminado; não se aprende a ser crítico frente a cultura vinculada na mídia; não se aprende a se engajar em movimentos sociais que valorizem a coletividade; não se aprende que o futuro não cai do céu e que as pessoas são responsáveis por suas histórias de vida.

Paulo Freire combateu este sistema educacional que privilegia o individualismo em detrimento do companheirismo. A educação para ele passava pela ética e virtudes como solidariedade, amorosidade, tolerância, respeito ao outro e suas diferenças, convivência e persistência. Seu lema era: “outro mundo é possível”.

Eles podem até estarem alegres porque finalmente saíram da escola, mas a escola nunca sairá deles. Lá na frente eles irão perceber que a escola foi a coisa mais importante de suas vidas, e com certeza, terão saudades. O que consola o professor(a) é a sensação de que alguma coisa que não estava no currículo escolar ficou em suas vidas.

A vida irá ensiná-los. Como diz a expressão popular: “quanto mais se vive, mais se aprende”.

“Ninguém nasce feito: é experimentando-nos no mundo que nós nos fazemos”.
Paulo Freire

Pr. Alonso Gonçalves

NATAL: O SALVADOR ENTRA NA HISTÓRIA

De fato é uma festa, uma celebração. O Sagrado é materializado na carne quente e mortal de Jesus de Nazaré. Seu começo deveria ter um início, e a Comunidade Primitiva não deixou de refletir e fazer teologia em cima disso. É claro que o tema da “encarnação” não é o ponto de partida, mas de chegada, pois as comunidades refletiram o processo cristológico até chegar ao berço.

É claro que o espírito natalino que invade as lojas, o comércio, não tem nada a ver com o espírito apresentado pelos evangelhos de Mateus e Lucas. O que conta nesses dias de “festa” é o mercado de consumo e a preocupação se as vendas serão ou não prejudicadas pela crise financeira global.

A estória do Natal narrada nos evangelhos quer nos assegurar que Deus habitou entre nós; se tornou como nós, gente simples e ignorante. Ele não veio como um césar, mas como um camponês; seu anúncio não se deu no templo de Jerusalém, mas junto aos pastores de Belém; não nasceu em um hotel luxuoso, mas numa estrebaria; não estava cercado de autoridades, mas de animais. Tudo isso para ficar mais próximo de todos.

As duas narrativas natalinas, Mateus e Lucas, são diferentes. Não queremos levantar historicidade de fatos, se foi ou não em Belém, se Herodes matou ou não as crianças, nada disso. Se não for assim teremos dificuldades com um Paulo que nada diz sobre o assunto; Marcos que começa no batismo, e não conhece nenhuma estória de nascimento virginal e coisa e tal; João que se remete a criação fazendo uma dialética com o Logos grego. Depois a fé cristã tem sua raiz no acontecimento da cruz-ressurreição de Jesus e não na estória do nascimento – embora os Concílios (Nicéia, 325; Éfeso, 431; Calcedônia, 451) na história da Igreja sempre penderam para uma cristologia encarnacionista.

É interessante comparar as duas narrativas. Mt se interessa por José, Lc por Maria; em Mt José e Maria moram em Belém, para Lc José foi para Belém por causa de um recenseamento; Mt faz Jesus ir para o Egito, em Lc Jesus volta para Nazaré; Mt coloca os “magos” como coadjuvantes, em Lc são os pastores. Isso mostra a particularidade de cada autor/comunidade e seu objetivo com a narrativa, cada um tentando buscar seu referencial teológico e comunitário – Mt quer apresentar Jesus como o novo Moisés, e por isso ele vai para o Egito, assim como Moisés, e Herodes manda matar criancinhas recém-nascidas assim como o Faraó; Lc quer mostrar a entrada da salvação na história – “Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. Lc não está preocupado em verificar fatos históricos e exatos. É mais um estilo literário, uma linguagem artística, uma narração livre com o fim de edificar e iluminar as vidas de seus leitores/ouvintes.

Com sua narrativa, Lc quer dizer para todos que o Salvador entrou na história da humanidade. Este tema é tão forte no texto, que as palavras “Salvador, salvação, salvar” aparecem 17x. Para Lc o Salvador é o portador de libertação no sentido universal. Jesus é um hóspede pelo qual Deus visita os homens.

O tema da salvação é muito presente na narrativa lucana, por isso sua preocupação constante em ajudar o pobre, o pecador. Não poderia ter magos presenteando o menino com especiarias finas; é os pastores, em geral pobres, renegados, considerados sujos e ignorantes, gente que não tinha reputação nenhuma. A estes Jesus veio salvar. Em Lc os perdidos se salvam e os “salvos” se perdem em seu orgulho, preconceito e discriminação.

O Natal é gratuidade de Deus, doação de amor, singeleza de perdão, convivência com o irmão. Tudo isso é Jesus. Entrou em nossas vidas para nunca mais sair.