11.4.16

A DECLARAÇÃO DA CBB NO CASO DA IGREJA BATISTA DO PINHEIRO

Diante da decisão da Igreja Batista do Pinheiro (IBP), que, dentro da sua autonomia, seguiu todas as fases de um processo democrático em uma Igreja Batista, a Convenção Batista Brasileira (CBB) emitiu uma Declaração sobre o tema em quatro páginas onde o principal objetivo foi elencar documentos e preceitos estatutários para tratar o assunto.

Um tema que a IBP demorou quase uma década para pensar, discutir e orar, a Declaração da CBB gastou quatro páginas para afirmar a sua posição diante da decisão da IBP.

O tema é delicado e merece total investimento de diálogo, leituras e considerações, abordando diferentes aspectos do assunto. Por isso, a Declaração da CBB veio desprovida de alguns elementos para uma situação que demorou dez anos para chegar em uma decisão na Assembleia Extraordinária da IBP por maioria absoluta. É sabido que que a liderança pastoral da IBP esteve com a diretoria da CBB e o encontro foi cordial e respeitoso. Por esse fato, a CBB – mesmo diante da pressão de pastores e igrejas para que a mesma emitisse o quanto antes uma Declaração –, poderia elencar os argumentos da IBP sobre o tema e refutá-los a fim de legitimar a sua decisão. Isso não foi possível na Declaração.

Antes da medida político-administrativa que ela, a CBB na sua, também, autonomia possa estar tomando, seria preciso olhar o tema a partir de uma leitura pastoral e humana, uma vez que o tema é complexo e não está apenas no âmbito bíblico-teológico, mas no social, político e psicológico.

Como batistas, é possível discordar fraternalmente, mas é preciso haver o diálogo, uma prerrogativa do ser batista. Com a IBP não se trata apenas de uma hermenêutica dos textos bíblicos, embora ela seja extremamente necessária, mas também compreender as motivações que levaram a igreja a tomar a sua decisão sobre o tema. A Declaração da CBB reconhece a autonomia da Igreja Local em suas decisões, mas faltou colocar o tema dentro de uma conjuntura mais ampla, não apenas institucional. Nesse sentido há uma reação de pastores, líderes e Igrejas Batistas ao teor da Declaração da CBB.

Com a decisão da IBP, os batistas são chamados a refletir sobre o tema no âmbito bíblico-teológico – e não há consenso em relação à exegese quanto a isso, prova maior é a decisão da IBP sobre o tema –, uma vez que os textos bíblicos não tratam da homossexualidade como orientação psicossocial; por alterações comportamentais no âmbito familiar; por violência sexual ou desenvolvida como relacionamento entre adultos conscientes... Nesse sentido, é um debate e ele é premente na realidade denominacional.

3 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Alonso S. Gonçalves disse...

Não é permitido comentários de anônimos neste Blog.

Unknown disse...

Com todo respeito às partes, o caminho a ser trilhado precisa ser à luz das Escrituras Sagradas e não pelo embasamento político e social (1Co.6:8-10 / Ga.5:19-21 / Ap.21:8; 22:15).
Pr. Idalécio Batista (OPBB 2320).