Diante
da decisão da Igreja Batista do Pinheiro (IBP),
que, dentro da sua autonomia, seguiu todas as fases de um processo democrático em uma Igreja Batista, a Convenção
Batista Brasileira (CBB) emitiu uma Declaração sobre o tema em quatro páginas onde o principal objetivo foi
elencar documentos e preceitos estatutários para tratar o assunto.
Um
tema que a IBP demorou quase uma década para pensar, discutir e orar, a Declaração da CBB gastou quatro páginas
para afirmar a sua posição diante da decisão da IBP.
O
tema é delicado e merece total investimento de diálogo, leituras e
considerações, abordando diferentes aspectos do assunto. Por isso, a Declaração da CBB veio desprovida de alguns elementos para uma situação que demorou dez anos para chegar em uma decisão
na Assembleia Extraordinária da IBP por maioria absoluta. É sabido que que a
liderança pastoral da IBP esteve com a diretoria da CBB e o encontro foi
cordial e respeitoso. Por esse fato, a CBB – mesmo diante da pressão de
pastores e igrejas para que a mesma emitisse o quanto antes uma Declaração –, poderia elencar os
argumentos da IBP sobre o tema e refutá-los a fim de legitimar a sua decisão. Isso
não foi possível na Declaração.
Antes
da medida político-administrativa que ela, a CBB na sua, também, autonomia
possa estar tomando, seria preciso olhar o tema a partir de uma leitura
pastoral e humana, uma vez que o tema é complexo e não está apenas no âmbito
bíblico-teológico, mas no social, político e psicológico.
Como
batistas, é possível discordar fraternalmente, mas é preciso haver o diálogo,
uma prerrogativa do ser batista. Com a
IBP não se trata apenas de uma hermenêutica dos textos bíblicos, embora ela seja
extremamente necessária, mas também compreender as motivações que levaram a igreja a tomar a sua decisão sobre o tema. A Declaração
da CBB reconhece a autonomia da Igreja Local em suas decisões, mas faltou
colocar o tema dentro de uma conjuntura mais ampla, não apenas institucional. Nesse
sentido há uma reação de pastores, líderes e Igrejas Batistas ao teor da Declaração da CBB.
Com
a decisão da IBP, os batistas são chamados a refletir sobre o tema no âmbito bíblico-teológico
– e não há consenso em relação à exegese quanto a isso, prova maior é a decisão
da IBP sobre o tema –, uma vez que os textos bíblicos não tratam da
homossexualidade como orientação psicossocial; por alterações comportamentais no âmbito familiar; por violência sexual ou
desenvolvida como relacionamento entre adultos conscientes... Nesse sentido,
é um debate e ele é premente na realidade denominacional.
3 comentários:
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Com todo respeito às partes, o caminho a ser trilhado precisa ser à luz das Escrituras Sagradas e não pelo embasamento político e social (1Co.6:8-10 / Ga.5:19-21 / Ap.21:8; 22:15).
Pr. Idalécio Batista (OPBB 2320).
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