No Evangelho de Mateus há um convite para que outros possam seguir
Jesus e o ápice desse convite é o capítulo 28 e seus versículos finais.
Logo no capítulo 9, 35-38, o Jesus
mateano dá o tom:
Jesus ia passando por todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando as boas novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças.
Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque
estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor.
Então disse aos seus discípulos: “A seara é grande,
mas os trabalhadores são poucos. Peçam, pois, ao Senhor da seara que envie
trabalhadores para a sua seara”.
Jesus na sua caminhada preferiu a
companhia dos mal cheirosos; das mulheres marginalizadas conhecidas como
“pecadoras”; ele se sentava com gente que outro teria dificuldade de comer
junto, cobradores de impostos e gente que ninguém gostaria de cumprimentar na
rua. Esse era Jesus...
Ele pede para que outras pessoas
(discípulos e discípulas) se juntem a ele, porque a “seara é grande”.
O seu principal foco era:
- Ensinar:
ele ensinava sobre Deus, qual deveria ser a relação com ele, diferente dos
fariseus e saduceus; ele ensinava sobre os relacionamentos interpessoais, de
como deveria ser uns com os outros; ele ensinava sobre o perdão, condição
imprescindível para a vida, e o amor como elemento norteador da vida.
- Anunciar:
o reino de Deus, porque as relações com o reino de Deus era diferente de tudo
aquilo que aquele povo compreendia. Se eles eram ensinados que havia um que era
maior que o outro, no reino de Deus isso não acontecia. Se a eles eram ensinados
que há privilégios para uns e outros não, no reino de Deus isso não existia.
Ele focou sua caminhada em anunciar o reino de Deus.
- Libertar:
a cura é sinal de libertação, de trazer as pessoas à vida; de dar condições
para que vivam novamente e para isso era preciso haver saúde, alimentação,
convívio.
Para essa tarefa, para essa missão, Jesus chama os seus discípulos
no capítulo 10,1a:
Chamando seus doze discípulos, deu-lhes autoridade
Ele chama esses homens (e mulheres) para
acompanha-lo, para prosseguir na mesma missão
que ele tem.
Ao chamar, Jesus não dita normas a serem
seguidas; ele não estabelece um código doutrinário; ele não faz promessas. Ele
faz questão de deixar claro que o seguimento
significa ter uma relação profunda e pessoal com ele.
Ele chama para que essas pessoas
continuassem o que ele começou, por isso ele os “envia” (10,5); diz para não
ficar presos a estruturas financeiras (10,9-13); pedem para que eles se
parecessem com ele (10,24-25).
Era para ser assim...
Quando chega o capítulo 28,18-20, há uma
continuação da missão de Jesus, agora
para todos.
Então, Jesus aproximou-se deles e disse: “Foi-me
dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu
estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”.
Jesus tem autoridade – que no evangelho de Mateus significa algo outorgado
por Deus (9,6). Essa autoridade ele
dá aos seus primeiros discípulos (10,1a).
Agora, ele dá essa autoridade a todos que se tornaram (e vierem a ser) discípulos dele, ou seja, que irão
continuar a missão que ele começou e
agora ele espera que os que se tornarão discípulos e discípulas continuem a
fazer:
- Indo (e não ide), enquanto caminha, na
vida do dia a dia, façam discípulos;
- Coloquem esses discípulos em comunhão
(batismo);
- Ensine esses discípulos àquilo que
vocês ouviram, aprenderam e vivenciaram.
Era para ser assim...
O que Jesus queria e o que fizemos do que ele queria?
Jesus Nós
Indo (todos) Só
missionários que vão
Fazer
discípulos Fazer
membros de igreja
Comunhão
(batismo) Batismo é assumir a
estrutura da igreja
Ensinar Doutrinar
(classe de doutrina)
Não era para ser assim...
Em que momento deixamos (ou será que
ainda não aprendemos?) de ser discípulos de Jesus?
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