A
mensagem que os missionários trouxeram para a “evangelização” do país foi
marcada pelo puritanismo anglo-saxônico
dos Estados Unidos. O puritanismo é
um movimento oriundo da Inglaterra que teve seu irmão gêmeo na Alemanha, mas lá
ficou com outro nome, pietismo.
O
puritanismo irá influenciar a
formação teológica (há boa literatura que cobre esse dado), assim como
pregadores itinerantes e não poucos pastores.
O
olhar puritano sobre Cristo foi
escasso, uma vez que o movimento olhou
para a “Bíblia” e não para Cristo. Uma das principais ênfases do movimento foi na “salvação pessoal”,
esta vinda inteiramente por Deus, em Cristo.
Aqui
que Cristo passa a ser um mediador de
um processo de salvação onde o
interesse nele passa a ser apenas salvífico.
Não por acaso, que o seguimento de
Jesus é ignorado no puritanismo. Importando
apenas o seu aspecto redentor.
É
Sören Kierkegaard quem irá criticar Lutero por esse ter primado um Cristo como
dom e graça e não como caminho e
modelo.
Entendendo
assim, que Kierkegaard sentencia: “não se trata de seguidores de uma doutrina,
mas imitadores de uma vida”.
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O
seguimento é a disponibilidade para
reproduzir, em outros contextos históricos, o movimento fundamental das ações
de Jesus. Seguimento é a principal
identidade cristã, pois o seguidor deve reproduzir a estrutura fundamental da
vida de Jesus e ao mesmo tempo tornar possíveis as ações dele de acordo com as
exigências do contexto em que se vive.
Quem
se dedica a esse tema, é o teólogo Jon Sobrino.
Para
Sobrino, Jesus é alguém que chama seus discípulos para estar perto dele a fim
de participarem dos seus anseios e ações. Não é um Cristo distante do povo e
transcendente, mas perto ao ponto de pedir ajuda aos seus seguidores para que
desçam da cruz de hoje os necessitados e desvalidos.
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