24.10.22

QUAL É A QUESTÃO NESSA DISPUTA ELEITORAL?

A questão não é a corrupção. Essa já convivemos desde que Portugal chegou por aqui e muitos faziam contrabando de ouro em “santos do pau oco”. Caso o motivo fosse mesmo a corrupção, “Cabo Daciolo” era o presidente do Brasil em 2018.

A questão não é a família. Sem os dados do IBGE, nem mesmo sabemos ao certo quantas mães e avós cuidam de seus filhos e netos sozinhas. A família brasileira é uma ficção e seus valores são superdimensionados em campanha eleitoral.

A questão não é Deus. Ele não tem “título de eleitor” e não precisa ser defendido por ninguém. O Senhor do universo não se deixa usar por políticos oportunistas.

A questão não é pátria. Caso fosse, parte dos militares não estavam se lambuzando com picanha, cerveja e Viagra.

A questão não é o comunismo. Este acabou em 1989 quando o Muro de Berlim caiu. O que se tem hoje são ditaduras, tanto na América Latina como no Leste Europeu.

Qual é a questão?

A questão está entre a democracia e o fascismo. Porque este último, não se enquadra em nenhuma ideologia política pelo fato de não reconhecer nenhum ordenamento jurídico e político-social cabível.

A questão está entre a civilidade e a barbárie. Quem deseja a barbárie participa de manifestações para fechar o Congresso Nacional e o STF, e quando recebe a polícia joga granada e atira nos policiais.

A questão está no modelo de governo que segue querendo avançar ainda mais na sua sanha autoritária. Querendo mudar a composição do Judiciário e continuar cooptando as FFAA para o seu projeto fascistoide de poder.

A questão está entre celebrar a vida ou enaltecer a morte. Quem cultua a morte tem como livro de cabeceira um torturador, não a Bíblia; quem cultua a morte desdenha de quem está morrendo com falta de ar; quem cultua a morte não tem nenhum pudor em dizer que não é coveiro.

A questão está entre favorecer os ricos e tirar ainda mais dos pobres. Quem não gosta dos pobres, já sinalizou que pode reduzir os salários de aposentados e congelar o mínimo e assim continuar tirando direitos trabalhistas via Congresso Nacional que já demonstrou não ter nenhuma vergonha do “Orçamento Secreto”.

A questão não é a polarização. Essa, o país já viveu em outras eleições. Polarização tem como pressuposto dois projetos antagônicos ou levemente diferentes entre si. O que o país vive hoje deixou a polarização na saudade. O que temos para hoje está bem definido: guerra ou um vislumbre de paz. E entre essas duas, o país não poderá contar com parte da Igreja Evangélica, porque já escolheu as armas, literalmente.

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