A questão não é a família. Sem os dados do IBGE, nem mesmo sabemos ao certo quantas mães e avós cuidam de seus filhos e netos sozinhas. A família brasileira é uma ficção e seus valores são superdimensionados em campanha eleitoral.
A questão não é Deus. Ele não tem “título de eleitor” e não precisa ser defendido por ninguém. O Senhor do universo não se deixa usar por políticos oportunistas.
A questão não é pátria. Caso fosse, parte dos militares não estavam se lambuzando com picanha, cerveja e Viagra.
A questão não é o comunismo. Este acabou em 1989 quando o Muro de Berlim caiu. O que se tem hoje são ditaduras, tanto na América Latina como no Leste Europeu.
Qual é a questão?
A questão está entre a democracia e o fascismo. Porque este último, não se enquadra em nenhuma ideologia política pelo fato de não reconhecer nenhum ordenamento jurídico e político-social cabível.
A questão está entre a civilidade e a barbárie. Quem deseja a barbárie participa de manifestações para fechar o Congresso Nacional e o STF, e quando recebe a polícia joga granada e atira nos policiais.
A questão está no modelo de governo que segue querendo avançar ainda mais na sua sanha autoritária. Querendo mudar a composição do Judiciário e continuar cooptando as FFAA para o seu projeto fascistoide de poder.
A questão está entre celebrar a vida ou enaltecer a morte. Quem cultua a morte tem como livro de cabeceira um torturador, não a Bíblia; quem cultua a morte desdenha de quem está morrendo com falta de ar; quem cultua a morte não tem nenhum pudor em dizer que não é coveiro.
A questão está entre favorecer os ricos e tirar ainda mais dos pobres. Quem não gosta dos pobres, já sinalizou que pode reduzir os salários de aposentados e congelar o mínimo e assim continuar tirando direitos trabalhistas via Congresso Nacional que já demonstrou não ter nenhuma vergonha do “Orçamento Secreto”.
A questão não é a polarização.
Essa, o país já viveu em outras eleições. Polarização tem como pressuposto dois
projetos antagônicos ou levemente diferentes entre si. O que o país vive hoje
deixou a polarização na saudade. O que temos para hoje está bem definido:
guerra ou um vislumbre de paz. E entre essas duas, o país não poderá
contar com parte da Igreja Evangélica, porque já escolheu as armas, literalmente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário