Confesso que suas ideias me deixaram perturbado por um tempo, aliás, no seminário não existe matéria que não deixe o aluno perturbado... Bem, seu texto produziu em mim uma necessidade de conferir aquilo que acabara de ler em um texto de apenas 105 páginas. Percebi que a estrutura de uma igreja Batista tradicional desconsiderava as exigências do Novo Testamento e, mais ainda, que durante todo aquele tempo, antes do texto de Kivitz, eu havia admirado uma estrutura que não tinha muita coisa a ver com a vivência da igreja primitiva. Suas duras críticas ao templo, ao domingo e ao clero, deixou em mim uma sensação de que, ao longo do tempo, foi arquitetado ao na igreja que seguiu um modelo de funcionamento que não tinha muito a ver com o Novo Testamento. Exemplifico:
HOJE NOVO TESTAMENTO
Templo Casa
Cargos Dons espirituais
Funções Serviços
Domingo Semana toda
Pastor Todos são ministros
Departamentos Ministérios
Percebi que não seria fácil desenvolver isso em uma comunidade, até porque eu mesmo estava envolvido naquela estrutura de cargos, departamentos, comissões, assembleias e coisas do tipo. Percebi também que se quisesse seguir pelo menos algumas indicações do Novo Testamento quanto ao funcionamento da igreja precisa aprender a arte de quebrar castanhas. Tirar castanha do ouriço não é tarefa fácil. Exige paciência, traquejo e força ao mesmo tempo.
Uma igreja que não olhe o templo como lugar sagrado; uma comunidade que não veja o domingo como o único dia de estar junto aos irmãos; uma igreja que não veja no pastor o único responsável pelo desenvolvimento do corpo de Cristo. Para surgir uma igreja assim, ou seja, dinâmica e vibrante, a designação de “membro ativo” não pode ser meramente daquele que contribui e frequenta os cultos. Tem que ter algo a mais.
É preciso desenvolver os dons espirituais como único meio para edificação do corpo de Cristo; é preciso desenvolver a comunhão como elemento chave de agregação e unidade; é necessário apresentar Jesus e sua pessoalidade como exemplo de pastoreio.