O pastoreio lida diretamente com as pessoas.
E as pessoas são assim: tem potencialidades, frustrações, alegrias, tristezas,
qualidades e defeitos. Equacionar tudo isso não é tarefa muito fácil.
Eu invejo àqueles pastores e líderes que
gastam a maior parte do seu tempo com cimento e tijolos e medem a frutificação
do seu ministério a partir de obras. Seria muito bom se isso fosse possível no
meu entender. Eu gostaria mesmo de medir o meu ministério a partir da receita
da igreja, bastava cobrar, cobrar e cobrar a igreja; ah como eu gostaria de
medir o pastoreio a partir da frequência dos irmãos nos cultos e principalmente
nos Encontros Bíblicos de Domingo (EBD). Mas isso não é possível. Seria mais
fácil, porque sempre é mais cômodo chamar atenção, prender e soltar, criar
regras e estabelecer legalismo como ferramenta de pastoreio, mas isto não tem
nada a ver com Jesus.
O pastoreio tem as suas agruras. Jesus
teve as suas quando teve que lidar com a rejeição de parte de seus ouvintes
porque não entendiam o que ele queria de fato – nada mais do que o senhorio do
Reino de Deus; ele teve que trabalhar os seus discípulos porque a maioria deles
alimentava apenas o lado político e messiânico do seu ministério; ele teve que
lidar com uma Jerusalém, que assim como os profetas do Primeiro Testamento
(AT), recusaram o seu pastoreio e ele não pode pastorear àquela gente, cuidar
daquele povo, mostrar a eles o rosto materno de Deus assim como a galinha faz
com os seus pintinhos. Se eu fosse citar os inúmeros dissabores que Paulo
padeceu no seu ministério o texto perderia o seu objetivo. Fico apenas com
Jesus.
Lidando com pessoas sempre haverá
agruras. E está aí a dinâmica do pastoreio.
Jesus teve uma grande maioria que
ouviram os seus discursos, mas poucos se envolveram com a sua pessoa. No
ministério pastoral funciona da mesma maneira. Sempre haverá uma porção da
comunidade que se liga ao pastor mais profundamente do que outros. Isso é um
fato. Assim como Jesus, o pastor deve entender que nem todos gostarão da sua
postura; nem todos irão assimilar o seu discurso; nem todos estão propensos a
seguir a sua liderança. Mas assim como Jesus também, o pastor não deve concentrar
suas forças e energia na direção dos detratores. Isso é gastar um tempo
precioso que poderia ser empregado na direção daqueles que querem caminhar
junto.
Muitas vezes chegamos em um lugar que esta em ruinas, parece que ficou no esquecimento ai entra o Neemias para restaurar os muros, mas depois seja o Esdras para fazer o povo voltar as escrituras.Em uma restauração ou construção todos devem devem estar envolvido isto gera comunhão.Pastoriar é cuidar, envolver-se e andar juntos.
ResponderExcluirUm forte abraço!
Pr. Ezequiel